terça-feira, janeiro 18, 2005

A bela e... eu - Parte 1

Três dias que levei a preparar-me para a maior aventura que enfrentei ate hoje. Lembro-me de conferir todos os detalhes, e de levar todas as coisas necessarias. Foi taum real, devo ter estado horas a sonhar com todos os pequenos detalhes! Foi taum real! Depois foi a partida, enchemos a carrinha por completa, e finalmente embarcamos na maior actividade das nossas vidas, eu e meus camaradas escutistas que me acompanhavam na grande viagem pela Europa. Beijos e abraços e la fomos nos. Aos soluços percorremos kilometros em alegre disposição. E entao a carrinha fugiu... resvalou e escorregou durante uns metros... por fim consegui imobiliza-la com um piao, mesmo no meio de um cruzamento, mesmo no meio de uma aldeola. Carros em todas as direcções a deslizarem na nossa direcção... carros a embater... grande confusão, digna de um sonho. Todos a sairem dos carros. Todos a barafustarem e a praguejarem. Excepto um dos intervinientes, que correu e com agilidade felina saltou o muro de um quintal vizinho e desapareceu nas traseiras. Como que hipnotizado, segui a figura... e lentamente fui-me aproximando da casa. Toquei a campainha e apareceu uma senhora simpatica de avental. Meio embaraçado perguntei-lhe se tinha presenciado o acidente. Respondeu-me q nao. Perguntei-lhe se tinha visto uma rapariga correndo em seu quintal. Nao teve tempo de responder, pois ali estava ela de novo. Nesse momento acordei com um braço dormente fora dos lençois. Bolas pensei e arrastei-o com a ajuda do outro braço para dentro dos lençois.

A bela e... eu - Parte 2

De novo no quentinho da cama comecei a imaginar a rapariga, ainda taum presente em minha memoria. Ali estava ela a olhar para mim, deu-me o braço e perguntou "Vamos?". Segui-a de volta ao aparato, meio embaraçado e ao mesmo tempo inchado por ir de braço dado com ela. Ohh que esplendido sorriso o dela. Olhos vivos e comfiantes. Cabelo castanho claro e esticado, ondulando ao vento enquanto sorria... sempre. Uma mesa grande repleta de gente cisuda, com ela ao meu lado, e agora reparei que estava fardada, lenço azul. Acreditas que so agora reparei que eras pioneira? Presta atenção - sorriu-me ela. Estenderam-me um papel e disseram "anote os seus contactos". EU estava super inseguro, e comecei a escrever do lado errado. "Tsss", e virou a cara o anfitriao. Ela pegou meu braço esquerdo e um sorriso acolhedor me devolveu o olhar. Voltei-me e escrevi os contactos. O homem no topo da mesa voltou-se para mim e disse, conte-nos a sua versão do que se passou, e todos olhavam para mim. Ela me encorajou a começar, com ela ao lado estava confiante, e enfrentei os lobos. Contei-lhes como tinha sido o primeiro a perder o controlo do carro, e como conseguira imobiliza-lo. Contei ninguem tinha conseguido parar. Contei-lhe que saira do carro e notei uma substancia limpida mas escorregadia, talvez gasolina ou outro combustivel. Alertei os guardas que chegavam para que tentassem identificar a substancia. Dei uma volta pelo local e vi o que causara o acidente: um auto tanque de gasolina com uma pequena fuga, um pouco acima do cruzamento. Tirei a matricula e voltei para avisar os guardas. Depois fui até uma casa vizinha, á procura de uma testemunha (e olhei para a bela a meu lado, que me sorria). Em seguida fui escoltado ate aqui. Depois começou a ouvir as versoes dos presentes, que concordavam com a minha. Depressa me esqueci donde estava, e como que hipnotizado observei a estranha e bela rapariga. Ao lado dela sentia-me um gigante, capaz de tudo. Conversamos em voz baixa, ela tb estava fardada, pois ia ter com a mae, e de seguida ia para os escutas. Dissemos palavras em voz baixa, que nos deixaram corados. E na parte mais bela do sonho... acordei outra vez com o maldito braço dormente. Estou com esperanças de a encontrar hoje, ou talvez amanha. Mas nem seu nome sei :( apenas conheço a sua aparencia. Ou entao... talvez tenha sido so um sonho. Sonho ou nao, foi mm real, e para a achar... faria qq coisa!!!